CBA condena uso de cimento para eliminar óleo nas pistas de competição e sugere soluções
Confederação também divulgou comunicado assinado pelo engenheiro Luís Ernesto Morales, presidente da CNCA Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), por intermédio da Comissão Nacional de Circuitos (CNC), elaborou estudo técnico que proíbe uso de cimento em caso de derramamento de óleo nas pistas de autódromos e kartódromos. Assinado pelo engenheiro Luís Ernesto Morales, presidente da CNC, o estudo oferece alternativas que vão do produto importado ao custo praticamente zero.
Sob a denominação “O condenável uso do cimento em vazamentos nas Pistas de Competição”, o documento normatiza uma iniciativa da Comissão Nacional de Kart (CNK) e esclarece que:
“Todo composto asfáltico de alto desempenho, como é o caso do pavimento dos kartódromos , tanto a microtextura, obtida a partir de um agregado “rugoso”, como a macrotextura, determinada pela formação de uma superfície “grosseira” ou “aberta”, compreendem alguns dos principais requisitos exigidos para a camada de pavimentação nas pistas de competição, que devem ser mantidos e preservados”.
Cada uma dessas características tem uma função. A da macrotextura é a drenagem superficial para facilitar o escoamento de água. Já a microtextura é responsável pelo grip (aderência). Quando se coloca o cimento para eliminar o óleo derramado, a área perde o grip e a drenagem superficial. Para piorar, com o passar do tempo o cimento residual se solidifica, gerando trincas, buracos e deterioração acelerada do asfalto.
Nesse sentido, “o emprego de qualquer produto ou substância que altere estas características de micro e macrotextura deve ser veementemente proibido, sob pena do comprometimento dos principais requisitos exigidos para a camada de pavimentação nas pistas de competição”. Isso é o que acontece quando os operadores das pistas utilizam cimento para eliminar óleo derramado.
Além da condenação do uso do cimento, o estudo elenca alternativas:
Produto importado
Peat Sorb – Utilizado pela Fórmula 1 e no Autódromo Municipal José Carlos Pace;
Produto nacional
Biosolvit – Testado e aprovado na Copa Brasil de Kart de 2023;
Produto custo “zero”
Serragem de madeira – Necessária lavagem da pista com água após o evento.
“O emprego de cimento Portland para contenção destes vazamentos é totalmente condenável e, a partir deste comunicado, em hipótese nenhuma deve ser utilizado, sendo terminantemente proibido o seu uso”, explicitou Morales.
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Autor: Assessoria de Imprensa